No dia 31/10, a Clínica de Direitos Humanos da UFMG, juntamente com o Programa Pólos de Cidadania e o Observatório de Políticas e Cuidados em Saúde, organizou o lançamento da Revista Saúde em Redes, v.4, nº.1: Separação Compulsória de mãe e seus filhos: quando a lei e a cidadania se confrontam. A revista foi fruto do trabalho de diversos atores e atrizes que atuam com a problemática da retirada compulsória de bebês de mães em situação de vulnerabilidade. É fruto também das discussões levantadas em torno da questão a partir de reuniões mensais em rede (dos profissionais que lidam com a questão).
O evento ocorreu no Centro de Referência da Juventude (CRJ) e contou com a participação da Trupe a Torto e a Direito, do Programa Pólos, que abriu as discussões com uma apresentação teatral sobre a população em situação de rua belo horizontina e suas vivências cotidianas: “O amor tá na rua”. A peça apresentada é um teatro de resistência contra violações que os moradores em situação de rua sofrem na cidade.
Imagem: Reprodução
A partir da apresentação, deu-se início à roda de conversa, que contou com a participação de elaboradores da revista, de profissionais da saúde que atuam diretamente com a retirada compulsória de bebês, acadêmicos da UFMG que trabalham com a temática e também de uma militante da causa que já teve que enfrentar a arbitrariedade e violência do Estado frente ao abrigamento de seus filhos. Na roda, os convidados debateram um pouco sobre como é lidar com o quadro de violação de direitos vivido tanto em Belo Horizonte quanto em outros municípios brasileiros e também sobre enfrentamento e formas de resistência.
A equipe da Clínica de Direitos Humanos da UFMG elaborou um dos artigos da revista. O capítulo, bem como a revista completa, podem ser acessados aqui.